A demência é caracterizada por declínio cognitivo ou modificações comportamentais (neuropsiquiátricas) em relação a um nível prévio de desempenho que causa perda da independência para as atividades de vida diária. A causa mais comum é a doença de Alzheimer. Além disso, causas importantes como demência vascular ou doença de Lewy compõe outras causas importantes.
O diagnóstico é clínico, sendo que o neurologista deve solicitar exames complementares, pois existem causas chamadas reversíveis, geralmente secundária a distúrbio clínico ou psiquiátrico.
Com relação a demência de Alzheimer, os tratamentos existentes não alteram a evolução da doença, mas favorecem a qualidade de vida. Sempre importante ressaltar que a prevenção inclui evitar fatores de risco para demência, doenças crônicas: hipertensão, diabetes, dislipidemia e tabagismo, além de baixa escolaridade. Além disso, promover atividades de interação social e de estímulo intelectual auxiliam.
Alguns cuidados com pacientes com demência:
– Manter, ao máximo, a rotina diária;
– Não modificar bruscamente o ambiente em que a pessoa vive;
– Expor-se à luz solar por pelo menos 60 minutos;
– Praticar caminhadas e atividade física;
– Evitar luminosidade e barulho à noite;
– Ser estimulado cognitiva e afetivamente com linguagem verbal e não verbal;
– Estimular participação em grupos de apoio como musicoterapia.
Muitas vezes em pacientes com demência existe piora comportamental, geralmente associada a algum fator de descompensação do quadro. Deve ter avaliação clínica detalhada e por vezes com suporte laboratorial para excluir infecções, medicamentos, ou desequilíbrio hidro-eletrolítico.
Neurologista Carlos Mantese – CREMERS 32.910 – RQE 24.116
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